Não podíamos terminar esta mega atualização do PatinArte, sem deixar os nossos parabéns ao quarteto do Deslizar, constituído por Diogo Ferreira (Rolar Matosinhos), Manuel Magalhães (Individual), Ricardo Pinto (Rolar Matosinhos) e Emanuel Salvadinho (Sport Clube de Serpa), que através de uma exibição verdadeiramente espetacular, que levou o Pavilhão de Blanes ao rubro, se sagrou Campeão Europeu na categoria de Quartetos.
Parabéns igualmente a todos os patinadores portugueses que, "contra ventos e marés", representaram condignamente o nosso país e continuam a insistir e a trabalhar num desporto que continua sem o reconhecimento que merece.

Fazendo um balanço à participação desportiva do Roller Passion, evidentemente podemos concluir que podia ter sido melhor, mas na patinagem sabemos que por vezes aquilo que pensamos pode estar longe do que pensam os juízes e eles é que pontuam. É certo que pela primeira vez, durante a nossa exibição, se registaram quedas, as quais penalizaram as nossas provas, no entanto, acreditamos convictamente que mesmo com as quedas, o nosso esquema apresentava um nível superior ao da Estónia e mesmo ao de França. Por isso, pensamos que não fora essa situação e teríamos uma pontuação e classificação semelhantes às dos anos anteriores. Mas, o que temos a fazer é não desistir e trabalhar cada vez mais e melhor, para que para o ano estejamos em Modena (Itália) a um nível superior, não esquecendo que o principal objetivo da nossa participação é a evolução dos nossos atletas e isso é sempre alcançado mesmo com resultados inferiores às nossas expectativas.

Este campeonato acabou por ser uma autêntica aventura, infelizmente cheia de peripécias negativas que retirou muita da magia que este campeonato habitualmente transmite. A péssima organização, relacionada com a infeliz escolha de um pavilhão com uma reduzida lotação e, por isso, sem condições para uma competição que atrai sempre muitos espectadores, a ausência de bilhetes, a antipatia e incapacidade de resolver as situações por parte dos elementos da organização que procuravam colocar os atletas em locais onde não viam metade da pista, ou queriam impedi-los de assistir às provas, e que reagiam com ameaças à revolta de todos que pensavam ir assistir a um evento de rara beleza, criou nos acompanhantes portugueses um autêntico estado de nervosismo, que acabou por influenciar negativamente os atletas. Valeu o esforço da comitiva responsável pelo Roller Passion que foi colmatando as diversas situações e a arte bem portuguesa de ultrapassar obstáculos para que tudo acabasse em bem. Queremos igualmente salientar que, tanto a viagem como a estadia foram bem organizadas com os ajustamentos necessários feitos de acordo com as necessidades. Resta-nos agradecer a todos os que estiveram envolvidos na organização da participação do Roller Passion neste campeonato pelo seu trabalho em prol dos atletas e pela disponibilidade dos pais dos atletas da JP na resolução do problema das entradas no Pavilhão de Blanes.